Aventuras e Mais Aventuras...
A vida no ballet é exatamente assim: uma grande aventura!
Muitos desafios, muitas experiências, muitas vivências, algumas decepções, e muita, mas MUITA perseverança. Acredito que essa seja a palavra ideal para quem faz dança, seja qual for a modalidade.
Fazia tempo que não tava uma pausa para comentar um pouco mais das aventuras sobre a "Minha Vida de Bailarina", e resolvi contar neste post alguns momentos importantes que aconteceram esse ano, pelo menos até agora, pois o ano ainda nem terminou...
- O Exame da Royal Academy of Dance
Dizem que não esquecemos quando fazemos algo pela primeira vez, e com certeza essa foi uma experiência marcante que vou levar pra toda minha vida! Eu sempre ouvia dizer sobre a importância de se prestar esse exame, mas a pessoa só sente isso na prática. Nós tivemos aulas específicas para o exame de fevereiro a maio, e é durante os ensaios que percebemos os benefícios: A consciência corporal é desenvolvida de forma mais intensa em relação a uma aula normal, justamente por ser uma avaliação séria, onde os examinadores são muito criteriosos e exigentes. Outra diferença é a presença das aulas de Dança à Caráter, que não temos em nossa rotina diária (infelizmente!). Elas ensinam passos de danças folclóricas nacionais, como a Mazurka (típica da Polônia), a Csardas (típica da Hungria), a Polca (típica da região da Boêmia), o Bolero (típica da Espanha), entre outras. Elas estão presentes em diversos repertórios, em especial Coppélia, onde tem grande ênfase. Nessas danças nós usamos uma saia longa bem rodada com fitas e sapatos de salto.
Muitos desafios, muitas experiências, muitas vivências, algumas decepções, e muita, mas MUITA perseverança. Acredito que essa seja a palavra ideal para quem faz dança, seja qual for a modalidade.
Fazia tempo que não tava uma pausa para comentar um pouco mais das aventuras sobre a "Minha Vida de Bailarina", e resolvi contar neste post alguns momentos importantes que aconteceram esse ano, pelo menos até agora, pois o ano ainda nem terminou...
- O Exame da Royal Academy of Dance
Dizem que não esquecemos quando fazemos algo pela primeira vez, e com certeza essa foi uma experiência marcante que vou levar pra toda minha vida! Eu sempre ouvia dizer sobre a importância de se prestar esse exame, mas a pessoa só sente isso na prática. Nós tivemos aulas específicas para o exame de fevereiro a maio, e é durante os ensaios que percebemos os benefícios: A consciência corporal é desenvolvida de forma mais intensa em relação a uma aula normal, justamente por ser uma avaliação séria, onde os examinadores são muito criteriosos e exigentes. Outra diferença é a presença das aulas de Dança à Caráter, que não temos em nossa rotina diária (infelizmente!). Elas ensinam passos de danças folclóricas nacionais, como a Mazurka (típica da Polônia), a Csardas (típica da Hungria), a Polca (típica da região da Boêmia), o Bolero (típica da Espanha), entre outras. Elas estão presentes em diversos repertórios, em especial Coppélia, onde tem grande ênfase. Nessas danças nós usamos uma saia longa bem rodada com fitas e sapatos de salto.
Ensaio da Royal, Grade 2 - 25/05/2013
No dia da prova nós usamos arranjos florais no collant e no cabelo, referentes à nossa cor no exame (pink, blue, white e yellow), que é realizado em turmas de até quatro alunos. E o exame é um momento somente dos alunos com a examinadora e a pianista. É de dar aquele frio na barriga, mas o segredo é relaxar... E até que eu fui bem, e com uma vídeo cassetada bem na cara da examinadora no último exercício antes das danças (clássica e caráter), eu passei com mérito! Segundo as donas da escola eu peguei logo de cara uma das mais exigentes!!!
Grade 2 = Concluído!!!! Quem venham os próximos...
Grade 2 = Concluído!!!! Quem venham os próximos...
- A Mostra Interna de Dança
Esse é com certeza um dos eventos mais esperados pelos alunos da escola, pois é uma oportunidade de se explorar várias competências dentro da produção de um espetáculo. Desde à concepção da coreografia, aos ensaios e confecção do figurino, todos os detalhes são cuidados pelos próprios alunos. E eu, que sempre tenho muitas ideias, também queria entrar nessa dança! E entre tantas opções, o meu desejo era dançar uma variação clássica: a primeira solista do Sonho de Raymonda:
Sonho de Raymonda - 1ª Solista
Com Chinara Alizade
The Bolshoi Ballet, 2012
Mesmo tendo mesclado diversas versões da coreografia e adaptado alguns passos, eu estava me sentindo desanimada para participar... Não sei se pela dificuldade que eu estava com os balotês da diagonal, ou se era pela questão do figurino (que pra esse evento não precisa ser tão elaborado assim), eu estava bastante desanimada. Tanto que acabei deixando pra me inscrever quase na última semana! O fato é que quando eu já tinha me inscrito, aos 48 min do segundo tempo eu simplesmente mudei de ideia: montei uma coreografia na meia ponta inspirada no universo do ballet Paquita. Eu criei um solo à partir da coda do pas de trois do primeiro ato do ballet, coreografia essa que chamei de "Era uma vez... uma Cigana". Cigana pois na história da peça a protagonista é raptada na infância por ciganos, que mataram seus pais e a criaram como se fosse um deles. E essa história se passa na Espanha, durante o período da invasão napoleônica. Diga-se de passagem, a minha caracterização ficou perfeita, e naquele dia eu me senti leve, voando naquele palco!!!!
4ª Mostra Interna de Dança - 07/07/2013
Todos os anos as donas da escola chamam alguém pra avaliar as apresentações, e nessa edição da Mostra o convidado foi o coreógrafo Jorge Costa. Nos comentários ele não me fez nenhum elogio, apenas apontou detalhes técnicos que preciso melhorar: esticar mais os pés (concordo PLENAMENTE!) e melhorar a postura... Mas o que mais me intrigou foi o fato dele não dar nota para a minha coreografia! Nesse evento realmente não se pontua solos de repertório por serem remontagens, mas apesar de eu ter usado alguns passos da coda original de Paquita eu criei esse solo!!! O que aliás muitos consideram proibido, o fato de mudar a estrutura definida de uma coreografia e transforma-la em algo diferente do original. Mas eu fico me perguntando: Se desde que mundo é mundo as companhias profissionais podem mudar a estrutura das obras e coreografias consagradas ao seu bel-prazer, porque eu sendo aluna e tendo pleno conhecimento dos repertórios não posso fazer o mesmo? Mas seja como for, eu amei a minha coreografia, e por mais que eu não tenha sido premiada, eu levei a minha arte para as pessoas e é isso o que importa!!!
E acreditem pessoal, mal passou a Mostra desse ano e eu já estou com a minha cabeça de ideias para a próxima edição!!! Vou ter que anotar todas pra não esquecer nenhuma..... kkkkkkkkk
- O 1º Seminário Internacional de Dança da SPCD
Eis aí um evento que eu simplesmente amei participar!!! A realização desse Seminário foi uma corealização com o Sesc São Paulo e o Instituto de Artes da Unesp, que promoveu as mais variadas formas de integração através da Dança: grupos de discussão, conferências, mesas redondas, aulas práticas... Foram três dias da mais pura arte!!! Infelizmente eu só pude participar do primeiro, mas que valeu por todos!!! Eu participei das discussões do 1º grupo, que tratou sobre a Memória da Dança. Foi só depois que me inscrevi nesse Seminário que caiu a minha ficha com relação ao grupo que escolhi, eu tinha ido pro lugar certo! Afinal temos aqui um blog que se dedica à essa Memória, em forma de palavras, som e movimento...
Mas no 1º dia de discussões o tema abordado foi a ligação das danças afro-brasileiras com a dança moderna, um campo que para mim, como estudiosa desse meio, é uma grande descoberta! Nós assistimos ao documentário "Balé de Pé no Chão", que fala sobre a precurssora dessas danças em nosso país: Mercedes Baptista. Logo quando cheguei em casa já corri a procura dele e o encontrei para assisti-lo completo, e por isso separei o link para compartilhar com vocês:
Documentário "Balé de Pé no Chão - A Dança Afro de Mercedes Baptista"
http://www.emdialogo.uff.br/content/bale-de-pe-no-chao-danca-afro-de-mercedes-baptista
A Marianna Monteiro, que esteve envolvida na produção do filme, foi quem coordenou as perguntas e respostas à respeito desse tema. Eu fiquei quietinha, pois é um campo que desconheço, e eu estava muito interessada em aprender. Mas foi no meio de todas aquelas perguntas, surgiu uma que tem muito a ver com o blog, e cujo tema seria discutido apenas no dia seguinte (infelizmente, pois não pude estar presente...): O fato da chamada Memória da Dança não ser um resgate, mas sim uma construção dessa Dança. Essa afirmação só veio pra confirmar o que eu já sabia, e que pra muitos ainda parece não ter caído a ficha. Todas as montagens de todos os ballets que existem são diferentes!!!! Não importa se elas contam a mesma história, com as mesmas coreografias e os mesmos figurinos de sempre, essa dança sempre será construída de maneiras diferentes. Aí mora a beleza de cada produção! É só uma pena que não tenha podido discutir mais a respeito...
Depois tivemos um coffee break, e em seguida aulas práticas na sede da cia. Pode-se dizer que fui bailarina da SPCD por um dia... kkkk. Eu podia escolher entre as aulas de Denise Namura e Michael Bugdahn ou da Beth Bastos. Eu optei pela segunda, e posso dizer que foi a melhor experiência da minha vida! Nunca tive uma aula como aquela... Em apenas uma hora eu aprendi coisas que, apesar de já ter conhecimento, eu só consegui ter uma incorporação plena naquele momento. Olhem só o que a dança, vista de um ângulo diferente, pode fazer a alguém tão acostumada aos pliês, tendus e glissês da rotina diária... Foi simplesmente incrível!!!
São Paulo Companhia de Dança, MUITO OBRIGADA pela realização desse Seminário! Estou ansiosa pelas próximas edições!
E com certeza ainda vem muito mais por aí!!!! É só ficarem ligadinhos e acompanhar as novidades do blog ;)
Um grande Abraço!
E acreditem pessoal, mal passou a Mostra desse ano e eu já estou com a minha cabeça de ideias para a próxima edição!!! Vou ter que anotar todas pra não esquecer nenhuma..... kkkkkkkkk
- O 1º Seminário Internacional de Dança da SPCD
Eis aí um evento que eu simplesmente amei participar!!! A realização desse Seminário foi uma corealização com o Sesc São Paulo e o Instituto de Artes da Unesp, que promoveu as mais variadas formas de integração através da Dança: grupos de discussão, conferências, mesas redondas, aulas práticas... Foram três dias da mais pura arte!!! Infelizmente eu só pude participar do primeiro, mas que valeu por todos!!! Eu participei das discussões do 1º grupo, que tratou sobre a Memória da Dança. Foi só depois que me inscrevi nesse Seminário que caiu a minha ficha com relação ao grupo que escolhi, eu tinha ido pro lugar certo! Afinal temos aqui um blog que se dedica à essa Memória, em forma de palavras, som e movimento...
Mas no 1º dia de discussões o tema abordado foi a ligação das danças afro-brasileiras com a dança moderna, um campo que para mim, como estudiosa desse meio, é uma grande descoberta! Nós assistimos ao documentário "Balé de Pé no Chão", que fala sobre a precurssora dessas danças em nosso país: Mercedes Baptista. Logo quando cheguei em casa já corri a procura dele e o encontrei para assisti-lo completo, e por isso separei o link para compartilhar com vocês:
Documentário "Balé de Pé no Chão - A Dança Afro de Mercedes Baptista"
http://www.emdialogo.uff.br/content/bale-de-pe-no-chao-danca-afro-de-mercedes-baptista
A Marianna Monteiro, que esteve envolvida na produção do filme, foi quem coordenou as perguntas e respostas à respeito desse tema. Eu fiquei quietinha, pois é um campo que desconheço, e eu estava muito interessada em aprender. Mas foi no meio de todas aquelas perguntas, surgiu uma que tem muito a ver com o blog, e cujo tema seria discutido apenas no dia seguinte (infelizmente, pois não pude estar presente...): O fato da chamada Memória da Dança não ser um resgate, mas sim uma construção dessa Dança. Essa afirmação só veio pra confirmar o que eu já sabia, e que pra muitos ainda parece não ter caído a ficha. Todas as montagens de todos os ballets que existem são diferentes!!!! Não importa se elas contam a mesma história, com as mesmas coreografias e os mesmos figurinos de sempre, essa dança sempre será construída de maneiras diferentes. Aí mora a beleza de cada produção! É só uma pena que não tenha podido discutir mais a respeito...
Depois tivemos um coffee break, e em seguida aulas práticas na sede da cia. Pode-se dizer que fui bailarina da SPCD por um dia... kkkk. Eu podia escolher entre as aulas de Denise Namura e Michael Bugdahn ou da Beth Bastos. Eu optei pela segunda, e posso dizer que foi a melhor experiência da minha vida! Nunca tive uma aula como aquela... Em apenas uma hora eu aprendi coisas que, apesar de já ter conhecimento, eu só consegui ter uma incorporação plena naquele momento. Olhem só o que a dança, vista de um ângulo diferente, pode fazer a alguém tão acostumada aos pliês, tendus e glissês da rotina diária... Foi simplesmente incrível!!!
São Paulo Companhia de Dança, MUITO OBRIGADA pela realização desse Seminário! Estou ansiosa pelas próximas edições!
E com certeza ainda vem muito mais por aí!!!! É só ficarem ligadinhos e acompanhar as novidades do blog ;)
Um grande Abraço!
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