Um Pouco Mais sobre "A Filha do Faraó"
Por duas vezes eu trouxe para vocês a peça "A Filha do Faraó", mas reparem que em nenhuma das ocasiões eu me aprofundei sobre a história desse ballet. Eu planejava fazer isso quando trouxe a montagem de 2012, porém pelo fato de estar enfrentando problemas com o servidor na época acabou não dando certo... Eis que essa semana eu estava dando uma olhada nos meus arquivos e achei um texto que eu havia escrito justamente sobre isso e resolvi passar por aqui para compartilhar com vocês.
A Filha do Faraó foi composta por Cesare Pugni e lançado no ano de 1862. Foi o primeiro grande trabalho de Petipa, que até então só remontava obras de outros coreógrafos. Após o lançamento em St. Petersburg com grande sucesso, a peça foi remontada em Moscow no ano de 1864, e mais tarde em 1905, quando Aleksandr Gorsky criou a sua própria versão. A última montagem da peça ocorreu no ano de 1926 no Teatro Mariinsky de St. Petersburg, e desde então foi praticamente extinta. Somente no início deste século, quase 80 anos depois de sua última encenação, o Teatro Bolshoi convidou Pierre Lacotte para fazer uma reconstrução dessa peça.
A reconstrução é uma remontagem que tem o intuito de ser o mais próximo possível da produção original. Algumas obras que já foram reconstruídas por Lacotte foram A Sílfide e Paquita, ambas pertencentes ao repertório da Ópera de Paris.
Pierre Lacotte realizou muitas pesquisas a fim de conseguir extrair o máximo de informações sobre o ballet, e para isso, ele consultou inúmeros arquivos de diversos museus e coleções particulares, além de conversar com antigos bailarinos e também com sua professora Lioubov Egorova, que conseguiu lhe transmitir vários aspectos dessa peça. Porém, mesmo com todos os seus esforços, não foi possível resgatar todo o trabalho coreográfico de Petipa, sendo que só restaram 4 variações originais e 1 variação com autoria de Gorsky. Ele reduziu o tempo da peça, que no original eram 4 horas, e teve que criar uma nova coreografia para completar a peça, seguindo o estilo de Marius Petipa. A história, como o próprio nome já sugere, se passa no Antigo Egito, e fala sobre o romance entre Aspícia, filha de um poderoso Faraó, e Taor, que na realidade é um jovem arqueólogo inglês conhecido como Lord Wilson.
Mas não pensem vocês que o Bolshoi é a única companhia a montar essa peça. Graças ao post "Volta ao Mundo" feito pela Cássia, eu descobri que uma companhia aqui da América do Sul também tem essa linda história em seu repertório: o Ballet Municipal de Lima, no Peru.
E para quem quiser assistir, como já falei há duas versões disponíveis aqui no blog.
The Bolshoi Ballet, 2003 - Com Svetlana Zakharova e Sergei Filin
The Bolshoi Ballet, 2012 - Com Svetlana Zakharova e Ruslan Skvortsov
E fiquem ligados, domingo tem postagem nova!
Até lá!
*Edit 19/02/2019: Segundo o leitor Eugênio Telles, a Cia de Ballet do Rio de Janeiro também tem A Filha do Faraó em seu repertório.
A Filha do Faraó foi composta por Cesare Pugni e lançado no ano de 1862. Foi o primeiro grande trabalho de Petipa, que até então só remontava obras de outros coreógrafos. Após o lançamento em St. Petersburg com grande sucesso, a peça foi remontada em Moscow no ano de 1864, e mais tarde em 1905, quando Aleksandr Gorsky criou a sua própria versão. A última montagem da peça ocorreu no ano de 1926 no Teatro Mariinsky de St. Petersburg, e desde então foi praticamente extinta. Somente no início deste século, quase 80 anos depois de sua última encenação, o Teatro Bolshoi convidou Pierre Lacotte para fazer uma reconstrução dessa peça.
A reconstrução é uma remontagem que tem o intuito de ser o mais próximo possível da produção original. Algumas obras que já foram reconstruídas por Lacotte foram A Sílfide e Paquita, ambas pertencentes ao repertório da Ópera de Paris.
Pierre Lacotte realizou muitas pesquisas a fim de conseguir extrair o máximo de informações sobre o ballet, e para isso, ele consultou inúmeros arquivos de diversos museus e coleções particulares, além de conversar com antigos bailarinos e também com sua professora Lioubov Egorova, que conseguiu lhe transmitir vários aspectos dessa peça. Porém, mesmo com todos os seus esforços, não foi possível resgatar todo o trabalho coreográfico de Petipa, sendo que só restaram 4 variações originais e 1 variação com autoria de Gorsky. Ele reduziu o tempo da peça, que no original eram 4 horas, e teve que criar uma nova coreografia para completar a peça, seguindo o estilo de Marius Petipa. A história, como o próprio nome já sugere, se passa no Antigo Egito, e fala sobre o romance entre Aspícia, filha de um poderoso Faraó, e Taor, que na realidade é um jovem arqueólogo inglês conhecido como Lord Wilson.
A Filha do Faraó
The Bolshoi Ballet
Mas não pensem vocês que o Bolshoi é a única companhia a montar essa peça. Graças ao post "Volta ao Mundo" feito pela Cássia, eu descobri que uma companhia aqui da América do Sul também tem essa linda história em seu repertório: o Ballet Municipal de Lima, no Peru.
E para quem quiser assistir, como já falei há duas versões disponíveis aqui no blog.
The Bolshoi Ballet, 2003 - Com Svetlana Zakharova e Sergei Filin
The Bolshoi Ballet, 2012 - Com Svetlana Zakharova e Ruslan Skvortsov
E fiquem ligados, domingo tem postagem nova!
Até lá!
*Edit 19/02/2019: Segundo o leitor Eugênio Telles, a Cia de Ballet do Rio de Janeiro também tem A Filha do Faraó em seu repertório.
Excelente post! Dica para adicionar às cias que dançam este ballet: a Cia de Ballet do Rio de Janeiro também tem este ballet em seu repertório!
ResponderExcluirOi Eugênio, tudo bem?
ExcluirMuito obrigada pela dica, eu não sabia. Vou incluir no post^^
Um grande abraço!